Fique por Dentro

blog

Cultura Maker, Robótica

Engenhoka: Cultura maker e robótica educacional em escolas públicas brasileiras

Cada vez mais popular no Brasil e no mundo, o movimento da Cultura Maker é
uma evolução do “Do It Yourself” ou, em bom português, do “Faça Você
Mesmo”. Seu principal conceito é que qualquer pessoa, dotada das
ferramentas certas e do devido conhecimento, pode criar suas próprias
soluções para problemas do cotidiano.
Em uma analogia bem simples e brasileira, é como se as chamadas
gambiarras, com as quais a maior parte da população do país está
acostumada, ganhassem novas ferramentas. Estimulando o desenvolvimento
de diversas habilidades e competências, a cultura maker incentiva a
imaginação, a invenção e a recriação.
O termo “maker”, associado à pessoa que cria, constrói ou fabrica coisas,
geralmente utilizando tecnologia, ferramentas e criatividade, exercita a
colaboração, a investigação e o reconhecimento de problemas do mundo real.
Quando alinhada à educação, a prática se torna interdisciplinar, e é nessa
proposta que o Engenhoka chega ao Instituto Burburinho Cultural. Abrindo o
segundo semestre de atividades, o projeto de cultura maker que une robótica e

artes visuais tem como objetivo estimular o aprendizado científico em escolas
públicas.
Em sua primeira edição, mobilizará mais de 500 alunos em seis escolas do Rio
de Janeiro e São Paulo. Cada instituição participante receberá um estúdio
maker completo, com impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e
material pedagógico.
Segundo Thiago Ramires, diretor de projetos do Instituto Burburinho Cultural,
“Esse é o nosso primeiro projeto de cultura maker, unindo o ensino de robótica
às artes visuais em escolas públicas. Temos o apoio de marcas como Google,
Fundação Siemens, Simpress, Digix e Wilson Sons, que acreditam no nosso
propósito de ensinar os alunos a criarem robôs, ao mesmo tempo em que
realizam esculturas.”
O objetivo do Engenhoka é diluir as fronteiras entre ciência e arte, desfazendo
a crença de que são mundos completamente opostos. “O Engenhoka comprova
que é possível aprender ciência e arte juntas e, mais, interligadas”, afirma
Ramires.
Após o encerramento do projeto, cada instituição participante ficará com o
laboratório todo equipado. Agora, imagine uma geração inteira de crianças
aprendendo e vivenciando desde cedo a cultura maker nas escolas. Através de
brincadeiras, exercícios e atividades simples do dia a dia, elas buscam
soluções para problemas que certamente farão diferença em seu futuro.

Autora: Marcella Ferreira

Publicado em 13/08/2024